Ano
da Fundação |
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22
Novembro 1931 |
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Fundador/s |
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Jorge
Botelho Moniz / Alberto Lima Basto |
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Director
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Instalações |
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Parede |
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Frequência
utilizada |
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Potência
do Emissor |
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30kW (anos
30)
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Indicativo
Oficial |
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CT1 GL |
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A
História do Rádio Clube Português, foi traçada
por Jorge Botelho Moniz, homem de rara visão e espírito
de empreendimento.
Em colaboração com Alberto Lima Basto, pôs
em funcionamento, em 1928, um pequeno emissor, CT1 DY, cujo alcance
pouco ia além da cidade de Lisboa. Chamaram-lhe, por ironia,
a estação oficial do "Estado livre de Parede
e Galiza".
No ano de 1930, graças à colaboração
financeira de alguns "senfilistas", foi aumentada para
20W a potência da estação, agora designada
por "Rádio Parede". No ano seguinte, a colaboração
atrás referida foi consagrada com a formação
do Rádio Clube da Costa do Sol; a cotização
dos associados permitiu então, o aumento de potência
da estação para 200W.
Na primeira Assembleia Geral realizada em seguida à sua
formação, no dia 22 Novembro de |
Jorge
Botelho Moniz ao microfone do
CT1 DY (1928) |
1931, foi aprovada
por cerca de 400 associados a modificação do Título
da associação para Rádio Clube Português
(RCP). Título que perdurou e se tornou um símbolo na radiodifusão
nacional.
Cortesia
Wolf Harranth / QSL Collection APQ |
O Indicativo
da Estação foi, entretanto, mudado para CT1 GL e a
este indicativo está ligado na memória de quem o recorda,
grande desfile de empreendimentos, dos quais são de salientar
a construção do edifício próprio na
Parede, os aumentos de postência da estação
para 30kW, e a instalação das torres de antena.
No que se refere
a programas, e também ligadas ao indicativo CT1 GL surgiram,
o que para a época se poderia considerar de autêntico
sucesso, iniciativas como a das emissões infantis do "Sr.
Doutor", a orquestra Aldrabófona, os Serões de
Arte em colaboração com o Jornal "O Século",
a orquestra "Rádio", relatos desportivos e tantas
outras.
Em 1935, um incêndio destruiu quase totalmente o edifício
da Parede; das suas cinzas renasceu um novo edifício, e um
RCP, com mais fé e dinamismo o que lhe permitiu exercer uma
acção decisiva na guerra civil de Espanha, durante
a qual, criminosa bomba destruiu parte das instalações
do RCP, que rapidamente foram reconstruídas.
O ano de 1936 marca uma data decisiva na vida da associação,
com a autorização concedida pelo Governo para a exploração
da publicidade radiofónica. Para a história, regista-se
que no primeiro programa patrocinado, estava ao piano o Mestre Vianna
da Mota.
A partir de então, e passado o período de pertubação
causado pela segunda Guerra Mundial, graças os recursos financeiros
que a publicidade radiofónica facultou, a RCP, pela força
da expansão que deu às suas inicitivas, marcou o rítmo
do desenvolvimento da radiodifusão nacional.
Com efeito, em 1954, o RCP inicia em Portugal a radiodifusão
por modulação de frequência, em 1955 põe
em funcionamento, em miramar, o primeiro emissor de ondas médias
de potência superior a 50 kW, servindo a região norte
do país, com programa próprio.
Já, em 1953, o RCP tinha requerido autorização
para instalar uma rede de estações de Televisão
no País, requerimento que provocou a criação
da Radio Televisão Portuguesa (RTP), da qual RCP era o maior
accionista a seguir ao Estado.
Em 1959, o emissor de Parede é substituído por dois
emissores de 25kW, podendo funcionar em paralelo com a potência
de 50kW. Nesse mesmo ano, os estúdios são transferidos
para Lisboa, e é instalado no Porto um emissor de modulação
de frequência.
Entretanto, de um programa diário com a duração
de 8 horas, em 1935, passou-se para 3 programas distintos com a
duração total de 61 horas diárias, tendo a
estação de Parede iniciado emissões ininterruptas
a partir de Agosto de 1963.
Abertura da emisão em 1931 por Jaime da Silva Pinto
A sua colaboração
neste espaço é muito importante. Se possuir mais informações,
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